domingo, 28 de fevereiro de 2010

- who are you?


Pergunta frequênte e díficil, no começo da semana tivemos que fazer um texto sobre quem somos e o que queremos, me encontrei em um embate, se eu procurava saber quem era eu realmente, ou se eu apenas colocava o que queriam ler/saber; A conclusão na qual cheguei foi simples, citei apenas aquilo que já tinham dito que eu sou pra mim a alguns dias atrás, e que de certa forma, ajustei-os ao meu perfil, e sem dúvida iria ser já de valia para conclusões de quem leria essa texto.

uma vez Martha Medeiros escreveu: (adaptado)

''A gente é muito do que a gente fala, mas é principalmente o que a gente cala. Somos o silêncio que escolhemos para pensar, para agir e para viver. Somos as ações feitas e inevitavelmente as que não se realizaram por medo.
Eu sou parte de todos os que amo e também parte dos que abomino, sou feito dos meus livros de cabeceira e dos que comprei e nunca vou ler. Sou o que minto também, o que escondo por trás de sorrisos tímidos e o que escancaro tentando me poupar.
Sou os discos que coleciono e as canções de mpb que me lembram uma época em que não vivi, sou fotos de alguém que gostaria de ter conhecido melhor mas que a saudades não mata, sou filmes que nunca revelei e que sei que não vou revelar.
Sou comédia romântica, suspense, aventura ou drama, depende dos meus coadjuvantes. Vou sendo conforme a história passa e se não gostar, começo a ser de novo.
Sou as folhas de rascunho das cartas que não mando e os emails que jamais serão enviados.
Sou as canções que sempre tocam. Sou Moinho. Sou as chuvas de Londres e o verde da minha terra. Sou Minas Gerais em cada pedaço de corpo.
Sou batata frita, pipoca com guaraná Antártica, sorvete de casquinha e banho de mangueira gelado. Sou pipas coloridas e peixes que eu não pesco. Sou as borboletas que não tenho tatuadas e as palavras que ficam escritas na alma.
Queria ser xampu, mas sou condicionador.
Sou campo, praia, sol e chuva. Verão com amigos, inverno com namorada.
Sou oito ou oitenta, sim ou não, agora ou nunca.
Sou caminhada ao ar livre, não esteira e academia. Sou carinhoso, mas às vezes sou tão frio.
Sou fraco e chorão, mas me faço de forte. Sou metido a besta.
Sou os sonhos que tenho. Sou menos passado que futuro. Sou a busca do novo e o sempre esperar.
Sou confiar. Acreditar.
Sou os amigos que tenho. Que tive. Que terei.
As brigas que ganhei e tudo que chorei.
Sou Lispector, Luft, Proença ou apenas eu.
Sou sendo. Gerúndio. Edifício em construção.
Mas aviso, hei de ter um sub solo mais atraente que qualquer outro andar.
Sou a dúvida, deu pra você notar.
Só sei que vou ser pra sempre esse eterno buscar.''

- quem me derá ao menos uma vez, concluir-me e retratar-me sem medo.

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