domingo, 25 de julho de 2010

- Silêncio beligno


É domingo novamente e fico com a sensação nostálgica de que o fim de semana foi tão pouco. Já me sinto cansado! Não quero reclamar, mas não sei ao certo se tais palavras fazem sentido, sentido esse, muito ilusório.
Não sei bem o que dizer, não há histórias para contar, novidades excitantes ou apenas narrativas comuns, ainda tenho alguns problemas, mas não há nada em mim que queira compartilhar.
Talvez hoje, eu escreva contra o silêncio, meio incoerente para mim, mas tem sido este, por opção, um grande amigo. Quero acreditar que estou enfim me dando bem com o que existe em mim, o silêncio é a prova de que ando gostando mais dos meus pensamentos do que das palavras em si.
Talvez tudo esteja vago e a compreensão seja complicada. Sempre tivemos a capacidade de decodificar melhor períodos compostos e belos.
Não quero frases longas, queria hoje a calmaria de um campo verde e aberto. Sinto inveja dessa beleza estática que vem deles.
Ando descobrindo coisas estranhas sobre mim, vi que adoro o tic-tac do relógio, ele me mantém acordadaoe ao mesmo tempo me leva para tão longe...
Me sinto sem forças, isso acalma meu corpo. Sinto o vento e não quero ir contra ele, me permito ficar parado.
Existe sim o movimento, sem ele eu não sobreviveria, mas tudo acontece tão internamente que fico querendo que as coisas apenas fluam em reflexo a ele.
Parece o alto de um daqueles desfiladeiros lindos da Irlanda, lá embaixo o barulho do mar me lembrando o real. Aqui em cima apenas o vento e a sensação de plenitude ou ilusão.
Não quero tentar voar hoje, não quero gritar e ouvir minha voz distorcida pelo eco. Quero apenas o silêncio, o silêncio que se corta com faca ou se acaricia com mãos perfumadas.
Esse silêncio que anda me acompanhando. No fim, ele ainda me é doce, doce silencio.


Equalize!

Um comentário:

Caroline Rigon disse...

Nada melhor do que o silêncio para acalmar a alma ;]
<3
bjs