terça-feira, 11 de maio de 2010

- dilemas


Acordo e começo dizendo: 'Eu e agora'.
Acordar nos últimos vinte meses, foi realmente muito doloroso.
A constatação do frio lentamente materializa que ainda estou aqui.
Nunca gostei muito de despertar, nunca fui de pular da cama e saudar o dia sorrindo, como minha mãe; Às vezes, pela manhã, eu quero soca-la por ficar tão feliz.
Sempre digo a ela que só os tolos saldam o dia com um sorriso, que só os tolos podem escapar da verdade simples. Que agora não é tão simples, é um lembrete frio, um dia depois de ontem, um ano depois do último, e que, mais cedo ou mais tarde chegará.
Ela ri de mim e me dá um beijo na bochecha.
Pela manhã, levo tempo para me tornar Rafael, para me ajustar ao que esperam do Rafael e de como se comportar; Quando termino de me vestir e coloco a última camada de brilho no Rafael de agora, levemente austero e quase perfeito, sei exatamente o que devo interpretar.
Olho no espelho que me devolve o olhar, não de um rosto, mas da expressão de um dilema e digo a ele: 'Vamos lá enfrentar o maldito dia'. (Um pouco melodramático, eu acho.)
E de novo ...meu coração está partido; Eu sinto como se estivesse afundando, afogando, não consigo respirar.
Peço pra minha mãe porque ela sorri e não fala nada, e ela sempre me responde: 'Está brincando? É espetacular.' E nada mais que isso.
Acho que não estou pronto para viver em uma casa de vidro; Mas existem cortinas e eu suportarei.
Pela primeira vez na vida não consigo ver o meu futuro; Cada dia passa como uma névoa, mas hoje, decidi que vai ser diferente. Finalmente.
Equalize!

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