sexta-feira, 19 de março de 2010

- dois sorrisos

Poderia ser um dia comum, o Sol tinha nascido sem nenhum sinal de glória, lá fora os carros passavam naturalmente sem se preocupar com o sono dele, até o relógio ainda fazia tic-tac.
Mas não era um dia como todos os outros.
Era o dia dele entender que era ao lado dela que os dias seriam diferentes para sempre, o dia dele acordar e sorrir por ela estar ali, o dia sem encantos que muda as cores de uma vida inteira.
Ali ao lado dele estava a prova. O som da respiração dela e só isso bastava para que a eternidade fosse encantadora, bastaria até para fazê-lo feliz em plena segunda-feira de tédio.
Ah, o amor!
O amor que tanta gente já tinha falado, o amor que até ele já tinha falado, desfalado, comentado e contado.
Mas era aquilo tudo?
Porque ele nunca tinha descrito algo tão assim, parecia profundo, parecia simples, parecia um mundo!
Ele sorriu, gargalhou da ingenuidade de tanta gente tentando descrever aquele caos maravilhoso. A bagunça da cama, da alma, da vida que ele estava entrando agora e que não queria nunca mais ter que sair.
Ouvindo os risos ela se remexeu ao lado dele, sorriu sem abrir os olhos e ele parou de pensar nesse instante, foi viver o amor da vida dele.

'Não importa o que aconteça
Você vai ser meu par.'

Nenhum comentário: