segunda-feira, 7 de junho de 2010

- se eu pudesse


Poderia até fingir que não me arrependo de nenhuma besteira que tenha feito nesses meus dezesseis anos, e olha que foram muitas! Poderia me entupir de mentiras e gritar pro mundo que nunca quis voltar no tempo para retirar aquela frase falada na hora errada, para explicar aquele não ou até mesmo para reviver algo bom. Voltar o tempo é o desejo do mundo todo, acho que é mais forte até do que a paz mundial, mais forte do que o sonho de um mundo melhor. Porém, há sempre uma consequência. Clichê!
Não sei se teria coragem de voltar, de brincar de Buterffly Effect, já aprendi que toda ação corresponde uma reação e está aí uma coisa que eu realmente temo, as reações.
Se hoje eu sou quem eu sou é porque já errei tudo que errei, a gente aprende é com os erros, só sabe andar porque caiu. Tenho medo do que teria sido de mim se não tivesse errado, e me prejudicado tantas vezes.
Não sei se seria tão feliz se já não tivesse derramado todas as lágrimas desesperadas e até já quisesse ter morrido.
Nossa vida é uma arquitetura, vivemos de contruções e quando uma coisa já está pronta o que se pode fazer é reformar. Eu faço com frequência. Uma máquina do tempo não resolveria meus problemas, tornaria tudo mais confuso ainda.
Se eu pudesse voltar no tempo, ainda que isso me deixasse melhor e aliviasse minhas dores que me causei, algumas de propósito, outras não, eu não voltaria.
Não porque seja egoísta, mas porque aprendi que o tempo é o senhor da razão, temos o controle sobre ele, mas nos tornamos mais loucos cada vez que voltamos pra ajustar o que foi feito. Eu confio no tempo, deixe ficar o que doeu ou dói, uma hora passa.
O que aprendi a muito tempo é que tudo nessa vida vira cicatriz.
Equalize!

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