terça-feira, 15 de junho de 2010

- Ele e o sol. Ela e as estrelas.

Era estranho o modo como ela queria tanto estar com ele, o modo como ela precisava da risada dele para achar mais graça, como ela precisava da presença dele para idolatrar aquele sol tão lindo que brilhava, afinal, o sol era feito especialmente para ele, não?
Como era mesmo que ela se sentia antes de tudo aquilo? Ah, na certa ela não sentia, ela vivia de meias verdades, não conhecia o conhecer.
Não havia no mundo roupas coloridas nem histórias de amor. Não como aquela.
Não havia vontade de cantar todas as canções juntas, não havia sede de palavras novas e nem casas pré-fabricadas sob medida.
Amor pré-fabricado já tinha saído de moda a tempos.
Afinal de contas, como as pessoas dizem, é certo se amar quem está ali pronto para receber e fazer bom proveito.
Mas ele fazia. Ele guardava o melhor amor, como se guarda as bolinhas mais preciosas da árvore de Natal, com medo de que se expostas antes da hora, no tempo certo elas se percam.
Ele regava com um regador doce e com palavras ditas em silêncio. E só restava então esperar; Não uma espera cansativa, ela sabia que o melhor sempre estaria por vir.
Sabia que a casa estava pronta, não havia como negar.
E seria capaz de amarrar mil balões se ele quisesse ir com ela até a Lua.
Mesmo ele amando o Sol.
Mesmo ela o amando.
Troço engraçado esse tal de amor.
Energize !

Pra R. Reis <3

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