domingo, 20 de junho de 2010

- Pain/Consciense


Dor, sofrimento? O que podemos falar disso? Aquilo que te mata, que te destrói? O que te deixa pra baixo, o que te proporciona dias ruins? Sim, mas esse é apenas o lado ruim da dor.
O sofrimento humano varia de pessoa pra pessoa, cada criatura dá sua concepção e um parecer que terá um pouco de razão ou até razão completa, pois a experiência humana é sempre positiva, até mesmo quando aparenta ser negativa. Nada existe que seja inútil, a dor, o sofrimento em si, tem uma razão para existir.
Começamos a sofrer desde que nascemos. Nascer dói ao corpo, dói pra quem dá a luz, dói a alma que se desprende da vida natural para entrar num corpo que constrange. Nascer é quase uma morte para a alma.
Morrer também dói.
Dói quando nascem os dentes, dói alguns ossos ao crescer, dói ir a primeira vez a escola, dói nos separarmos dos pais e da segurança do lar. Dói o coração quando começamos a amar, dói quando somos reprovados em alguma prova ou por alguma pessoa, dói quando somos traídos, desprezados, esquecidos, mal amado e quando quebramos um braço. Dói quando alguém parte para longe de nós, dói quando existe separação.
TUDO é dor, mas a dor certamente tem outros nomes: LIÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, MUTAÇÃO.
O que transforma uma criatura cruel em bondosa?
O que faz calar a boca maldosa e a ensina ser verbo de consolação?
O que faz o homem cuidar de seu corpo depois de passar por algo?
O que a consciência não consegue mudar, muda a DOR.
A dor é quem faz nascer um novo ser dentro do velho. É a picareta, o martelo e o cinzel que transforma o homem de pedra em jóia. É a quebra do gelo que empurra o homem a evolução. A dor é quem nos acorda e nos desperta a consciência adormecida.
Queria falar de uma outra dor, uma pouco conhecida, aquela que sente a criatura quando cresce em espiríto. A solidão, mas ao mesmo tempo um doce sofrimento... Consciência.
Quanto mais consciente estivermos, mais doerá, doerá até atingirmos um estado de plenitude, que é o mar do amor infinito. É lá que a dor acaba e a alegria intensa e inalterável é nosso estado permanente.
A dor é mestre, escultora e fator de propulsão que nos faz perder o chão para ganhar as alturas; Sem ela, não adquirimos consciência do que somos.
Energize !

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